Na primeira parte da matéria aqui no blog, Raquel Carlos, gerente pedagógica do Edify Education, contou um pouco sobre suas percepções durante sua aventura baseada em projetos em uma escola americana.
A High Tech High, em San Diego, EUA, é uma escola referência na aplicação da abordagem de projetos e seus principais pilares são: equidade, personalização, trabalho autêntico e design colaborativo.
A experiência foi ótima e cheia de oportunidades de ensino. Mas, voltando ao Brasil,a primeira questão a se pensar foi: o que fazer com todas essas ideias fervilhando na cabeça e, principalmente…
Como adaptar a abordagem baseada em projetos para a realidade do Brasil?
Antes de pensar no que fazer, Raquel ressalta a importância de 3 principais aprendizados que obteve dessa experiência:
- #1 Nós, professores, temos muito a ganhar ao assumirmos cada vez mais os papéis de facilitar, questionar e provocar situações da vida real que instiguem nossos meninos e meninas
- #2 Crianças e jovens, quando recebem as devidas oportunidades, florescem. É lindo de ver a confiança, comportamento, atuação e fala dos alunos-embaixadores que nos levam pelos corredores escolares. E é notório que essa propriedade só possível vir de quem é tocado diariamente pela magia da descoberta. Por que não plantarmos mais flores?
- #3 Estamos em pé de igualdade com os modelos mais novos e as pessoas mais coerentes da educação moderna e inovadora. Mesmo assim, ou talvez exatamente por isso, temos todos um longo caminho pela frente. Como dizem os membros da comunidade HTH, “todos nós ainda estamos aprendendo”.
E que maravilha, que assim seja!
Em entrevista ao site G1, o professor brasileiro de educação artística Jayse Ferreira, um dos 50 finalistas do 5º prêmio mundial “Global Teacher Prize” com um projeto que envolveu filmes, fotografia, internet e muita interação com a comunidade escolar conta:
“Fizemos até mesmo uma exposição onde os alunos eram as obras de arte. Chamar o aluno pra fazer parte promove uma diferença gigantesca: permanência na escola, aumento do número de matrículas, envolvimento dos pais, tudo melhora”.
Ainda se aproximando dos 3 aprendizados citados, o documentário “Quando sinto que já sei”, reúne de forma sensível diversos exemplos de práticas inovadoras na educação brasileira, de norte a sul do país. Além disso, a produção também traz iniciativas que debatem as reais necessidades de um aluno durante o processo de aprendizagem.
Já viu o documentário completo? Ainda não? Confira o trailer e se inspire nos exemplos reais que acontecem bem aqui no nosso país!
Autor: Raquel Carlos
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